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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Confusa


Tem sido covarde com os outros, e consigo. Nega os sentimentos que tendem a surgir, consequentemente. Nela vai se achegando, e embora bem-vindos, não se sentem acolhidos. Não criam raízes. Dentro dela o terreno é meio árido. Tudo se perde. Não tem futuro. Vez em quando algo parece brotar e uma tal esperança lhe toma na alma. Por um breve momento sente uma onda de cores a passear dentro dela, prontas para exalar toda essa vivacidade para além dos poros. Mas, como disse, tudo logo se perde. Não tem tamanho, murcha e perde todo o encanto. Torna a ser cinza, novamente. E lá se vai mais uma chance de ser feliz; e vem uns tantos goles de tristeza e frustração. Traga a solidão e ela devora os resquícios do que ainda restou daquelas cores que lhe tomava por dentro... Mais uma vez, está vazia.

  Caberia nela tamanha desilusão, esperar o amor passar na contramão, encontrar, deixar-se ficar e emoldurar na parede do peito um coração, de voltas em forma de infinito, sentimento regado, nos suspiros da paixão?

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