Traz-me de volta, quando cansada ficar.
Uma mente que ferve a cada pensar.
Perturba-se quando vazia está.
Quando está cheia não se contém
Desprende-se, e me leva embora.
Pra longe ou perto, em qualquer hora.
No vago tempo a pensar, vagar
No pensamento prender-se, isolar.
Outros momentos então, relembrar.
Lembrando do que já não se tem,
Deixar o momento passar,
Perdido e ausente.
Algo, ou alguém.
Se foi, levou-se, desfez.
Parei de me entender.
Acho que nunca isso eu soube bem.
Cansado de não entender nada
E o tempo vai passando, e eu fico pensando...
E o tempo vai passando, e eu fico pensando...
Será que nunca hei de cansar de pensar?
Tolice. É tudo mesmo uma tolice.
Tolice de uma mente inquieta,
Essas palavras também são tolices.
Querer parar de pensar é uma tolice.
Meus pensamentos são tolices
Tu, que ouso a dizer: Sortudo.
Conforta tua cabeça no travesseiro,
Deita-se em tua cama,
E sem um único pensamento
Vai-se com a noite,
Enlaçado num profundo sono.
Eu fico a vagar, noite a atravessar
Dançando na cama “um vira-vira” terrível.
Fecho meus olhos,
Vê lá, que não é por tentar.
Mas nem reza faz meu sono chegar.
Fico eu: A pensar, dançar, pensar...
Essa dança é interminável, meu amigo.
Uma insanidade a cada noite
Uma viagem nova, um lugar novo
Pessoas diferentes...
Aqui, na minha mente.
Tem chegada.
E o mesmo ponto de partida.
Que só sossega quando por fim, alvorece.
E meus olhos vêem os primeiros raios de sol.
Meus ouvidos escutam os galos,
Num canto constante.
Minhas pernas se apressam.
Logo em saltar da cama.
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