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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Hoje uma tristeza diferente me fez uma visita.

Hoje uma tristeza diferente me fez uma visita.
Humilde, como sempre, permiti-lhe se achegar.
O dia foi passando e ela foi ficando.
Diacho, 
Meu peito também foi se inchando...

E na minha mente seu rosto veio em clareza,
Pensando, ainda em pranto, notei que essa tristeza
Um tanto grande que não se mede,
Era a saudade de ti, dos velhos tempos alegres.
Tempos em que, encostava a cabeça em teu colo.

E ali, naquele curto momento, sentia uma imensa alegria.
De ter você comigo, sentindo que não importava
Que o tempo voasse tão depressa, isso eu não notava,
Você também não. Mas ele estava se indo, te levando de mim,
Roubando-me de ti, não percebemos, mas aconteceu.

Não está mais ao meu lado, não tenho mais teu ombro,
Teu colo, minha cabeça não tem mais onde repousar,
Além do travesseiro.
Tanta felicidade!
Agora, tudo exterminado.

Agora, só ausência, só saudade, uma imensa tristeza de apenas ter,
Suas lembranças na memória, seu vazio no coração...
É uma saudade tão grande, já não tendo esperar mais nada, de tudo.
Mas às vezes, ainda ouso encher-me de esperança
De um dia voltar a ver-te.

Agarro-me a isso como um náufrago a algum tronco
No meio do mar, numa noite tempestuosa.
Desejando desesperadamente por um milagre,
Estar de volta à terra firme, com sua vida à salvo.

É um desejo enorme, trazer-te do passado para o meu presente.
Desejo-te ao meu lado pelo o resto dos dias da minha vida.
Mas, hoje apenas tenho saudades para me abraçar, 
Tenho apenas tristezas, para chorar...

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