Mundo triste, mundo frio.
Onde pusestes vossa alegria?
Quando eis de revelar-me?
Será que ela existe mesmo?
Deveras procuro e, tudo que encontro é meros vestígios.
Pergunto-me se já vivi suficiente para queixar-me de tal falta,
E deveria queixar-me disso?
Todos são merecidos de receber tal graça?
Qual é a regra?
Há alguma regra?
Devo preocupar-me?
É preciso viver à sua maneira para se obter algum retorno?
Todos dançando no ritmo da sua dança?
Diz-me. Isso é o correto?
Ou levemos em conta nossos anseios,
Revelando desejos outrora censurados,
Perseguidos e recriminados;
Vivendo o que achamos preferível,
Compondo nós mesmos nossa própria canção?
O caminho, eu bem sei, não é nada fácil.
Isso não me amedronta, pois, qual vitória é alcançada sem antes deparar-se à um turbilhão de batalhas?
Deixa estar, que o que for para ser vigora.
E todas as perguntas irão-se com a chegada da aurora.
E todas as perguntas irão-se com a chegada da aurora.
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